A mentira do CO2
O termo principal é clima. E, embora todos saibam o que significa, considero importante revisitar sua definição. Clima é um conceito estatístico-artificial, formalmente definido pela Organização Meteorológica Mundial em 1935, para que todos compreendam da mesma forma: trata-se da média de dados meteorológicos locais ao longo de, no mínimo, 30 anos. Alguns climatologistas defendem que 60 a 100 anos seriam melhores para identificar tendências. Em todo caso: clima não é tempo ou condições do dia-a-dia.
A atmosfera terrestre não é uma estufa, pois é um sistema aberto
Um outro termo crucial é o efeito estufa. É um suposto processo de influência de certos gases na temperatura atmosférica. Quando falamos em "temperatura", referimo-nos à média global da temperatura próxima à superfície — cerca de 2 metros de altura — medida por cálculo a partir de várias fontes de dados, e não uma grandeza física direta.
O CO₂, esse "vilão"
O famigerado CO₂: hoje se acredita que seja um grande assassino climático. No entanto, do ponto de vista físico-químico, é um gás invisível, inodoro, e – até certas concentrações – não tóxico, além de essencial para a vida vegetal.
As armadilhas da correlação
Outro conceito é correlação — do latim mutua relação: um método matemático que relaciona dois processos que podem estar vinculados ou não. Correlação positiva ocorre quando, por exemplo, calor elevado leva à transpiração. Correlação negativa ocorre quando, por exemplo, aumento de impostos reduz a renda líquida.
Desde 1900, houve 12 verões muito quentes e 12 muito frios, sem padrão previsível.
Existem também correlações espúrias, como as que relacionam tarifas postais dos EUA ao aumento da temperatura global, ou a população de cegonhas ao número de bebês nascidos. Ninguém acredita seriamente que cegonhas trazem crianças — o que mostra: correlação não prova causalidade, mas a ausência de correlação indica, com alta probabilidade, ausência de relação de causa e efeito.
Clima e CO₂
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concentra-se no dióxido de carbono, pois é um gás presente na atmosfera. Outros fatores, como vapor d’água, gelo, etc. (ao todo 17), são menos analisados — dizem que por não serem “controláveis”. Como reparou a ex-presidente do Instituto Alfred Wegener, Karin Lochte: "Não se pode controlar o vapor d’água", ou seja, “pegamos o rabo do cachorro para sacudir o cão”.
O efeito estufa — mito ou realidade?
Stefan Rahmstorf, do Instituto de Potsdam para Pesquisa Climática, e o meteorologista Sven Plöger argumentam que mais CO₂ causa aumento da temperatura, porque gases estufa retêm radiação infravermelha. Mas já em 1909 Robert Wood fez um experimento com duas caixas idênticas: uma com cobertura de vidro (bloqueia infravermelho) e outra com cobertura de sal (transparente a todos os tipos de radiação). Curiosamente, a caixa com tampa de vidro ficou mais fria que a de sal — contrariando o argumento do 'efeito estufa'. A diferença é explicada pela convecção: sem circulação de ar, o sistema se comporta diferente de uma estufa. Conclusão: a atmosfera não age como uma estufa, pois é um sistema aberto. O termo “efeito estufa” seria apenas um artifício de marketing.
Ondas de calor: ontem e hoje
Qual a relação entre temperatura e CO₂? No último século, a média global subiu cerca de 1 °C. Mas já houve, nos últimos 150 anos, picos de temperatura semelhantes em outras épocas. As 'anomalias' de agora não diferem das fases quentes dos últimos 100.000 anos. Em 30 anos, o planeta ficou mais verde.
Houve ondas de calor históricas: em 1540, durante a Pequena Idade do Gelo, durou 5,5 meses quase sem chuva; em 1473, a seca secou o rio Danúbio — os habitantes de Ulm pisaram no leito do rio. Desde 1900, existem 12 verões muito quentes e 12 muito frios, sem padrão. As ondas de calor são hoje menos frequentes do que nos anos 1930. As mídias começam seus gráficos no fim dos anos 1970 e ocultam esses períodos. Daí as conclusões errôneas sobre correlações com CO₂.
CO₂ e vegetação
Quando o CO₂ é introduzido numa estufa, as plantas prosperam: germinam e crescem melhor — especialmente aquelas que alimentam o ser humano. Em 30 anos, imagens mostram que o planeta ficou mais verde e as áreas agricultáveis se expandiram. Logo, o CO₂ não faz mal ao homem, muito pelo contrário. Sugere-se que, em vez de penalizar o CO₂ — como através de impostos —, o estado o subsidie, dando um ou dois euros por tonelada emitida.